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Mangalarga

A raça “Mangalarga” é uma raça de cavalo de sela brasileiro que se desenvolveu no Brasil a partir dos cavalos trazidos de Portugal.
é uma raça de cavalos cuja origem remonta à coudelaria Alter-Real, que chegou ao Brasil por meio de nobres da Côrte portuguesa.
Acredita-se que quando Napoleão Bonaparte invadiu Portugal, obrigou Dom João VI a se mudar com a corte para o Brasil, trazendo seus melhores espécimes da raça Álter da Coudelaria Real de Álter do Chão.
Dentre os cavalos da Coudelaria teria o Gabriel Francisco Junqueira (“Barão de Alfenas”) recebido de presente do Príncipe Regente D. João VI um cavalo Álter, que passou a usar como garanhão em suas éguas de lida/caça, onde os resultados destes acasalamentos constituíram animais formadores da Raça Mangalarga, na Fazenda Campo Alegre, situada no Sul de Minas onde hoje é o município de Cruzília.

Rapidamente tiveram suas qualidades notadas na sede do Império - principalmente o porte e o andamento - e foram apelidados de cavalos Mangalarga numa alusão à roupa de seus montadores.
Posteriormente, parte da família Junqueira se mudou de Minas Gerais para o Estado de São Paulo, trazendo consigo estes cavalos que logo contagiaram os Paulistas, que o adotaram e a disseminaram por todo o Estado de São Paulo e Estados vizinhos, hoje a raça ocupa todos os estados membros.

Em 1934 foi fundada a ABCCRM, Associação Brasileira de Criadores de Cavalo da Raça Mangalarga.
Nessa época, devido a diferença topográfica e cultural da região, o cavalo mudou, e de acordo com o terreno mais plano, aberto, o tipo de veado caçado (mais rápido), o gado criado (corte extensivo e não leiteiro como em MG), exigia do cavalo mais resistência e facilidade de galope, por isto foi mais valorizado a marcha diagonal bipedal (ou marcha trotada) que tem apoios de duas patas de dois tempos com tempo mínimo de suspensão que cumpria as novas exigências do animal sem perder a comodidade (admitindo-se momentos de triplo apoio), pois os animais de tríplice apoio definido (TAD do mangalarga marchador) apesar de serem muito cômodos não conseguiam acompanhar o ritmo alucinante das caçadas e a lida com gado em campo aberto que eram as duas maiores funcionalidades do cavalo Mangalarga no estado de São Paulo. Iniciou-se, assim, uma nova seleção em outra direção e, devido a isso, o Mangalarga é algumas vezes (e até pejorativamente) chamado de “mangalarga paulista”, para evitar que se confunda com o "Mangalarga Mineiro" ( mangalarga marchador), porém a correta denominação das raças é "MANGALARGA" e "MANGALARGA MARCHADOR", porquanto cada uma possui registro próprio de associação e no Ministério da Agricultura.

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